"A maior necessidade do mundo é a de homens; homens que não se comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus." Ellen G. White


terça-feira, 5 de novembro de 2013

Senhor Gentileza

Você conhece ou pelo menos já ouviu falar de Gentileza? Este era o apelido de José Datrino, uma pessoa comum, de família humilde, mas com uma peculiaridade que fazia total diferença. Era assim conhecido por não poupar palavras de conforto e gestos de carinho. A partir de 1980, Gentileza escolheu 56 pilastras do viaduto da Avenida Brasil, no Rio de Janeiro e as encheu com inscrições em verde-amarelo propondo sua crítica do mundo e sua alternativa ao mal-estar da civilização. Acreditava que o mundo poderia ser um lugar melhor, através da reciprocidade de gestos de gentileza, de um cidadão para com o outro.O fato é que Gentileza morreu, e anos posteriores a sua morte trouxeram apenas tons cinzentos às suas antigas inscrições banhadas com as cores da bandeira. 
Felizmente, as remoções de seus escritos foram criticadas e iniciou-se o projeto Rio com Gentileza, com o objetivo de restaurar o patrimônio carioca. Apesar da repercussão do caso, as palavras de Gentileza, em si, nunca fizeram qualquer diferença em minha vida, e provavelmente na de muitos também não. Tornou- se um dito superficial, modismo. Pode-se ver por aí, estampado em camisas, bonés e etc. Mas à troco de quê o profeta daria sua cara a tapa a uma sociedade tão egoísta? Talvez ele nem desconfiasse que mesmo após sua morte sua filosofia ainda permaneceria por anos a fio. Aliás, muito provavelmente ele nem tivesse a pretensão de receber a aprovação das pessoas. Foi rotulado de lunático quando sorria para as pessoas nas ruas e no entanto nunca deixou sua essência de lado. Tinha convicção de que o que fazia era o melhor, e mesmo com a banalização de suas ideias, não deixou de ser quem era. Gentileza andava na contramão amando seus semelhantes. Ele me lembra Cristo, assim como diversos outros personagens na história. Semelhantes no agir, assim como Ele, esses personagens fizeram diferença por onde passavam. Nós não deveríamos almejar seguir à risca tão louvável exemplo? Há algo errado. Insistimos em criticar ou ignorar quem não mede esforços pra se tornar o melhor que pode ser, pra si e pros outros. Alguns, senão a maioria, prefere ser indiferente, afinal, é muito mais cômodo permanecer na zona de conforto. Poupam sorrisos e palavras de gratidão, transbordando queixas. Regularmente, o carro chefe de suas vidas se torna sua própria vontade. O altruísmo perdeu o posto para o egocentrismo. E como fica o exemplo do Mestre? Que perfume você tem exalado?


Pare e pense, jovem: Você como cristão, professa ser seguidor de Cristo. Um seguidor não reproduz nada além daquilo que o próprio Mestre ensina. Quais lições você tem deixado? Que perfume você tem exalado?
Quando passamos um tempo considerável com O Exemplo, imperceptivelmente exalamos a verdadeira essência. Que não se torna inodora com o tempo, mas que se acentua à medida em que amamos mais nosso semelhante.
Será que as pessoas têm apreciado o seu perfume?

"Sempre fica um pouco de perfume nas mãos de quem oferece rosas." - Provérbio Chinês


"Mas graças a Deus, que sempre nos conduz vitoriosamente em Cristo e por nosso intermédio exala em todo lugar a fragrância do seu conhecimento; porque para Deus somos o aroma de Cristo entre os que estão sendo salvos e os que estão perecendo." II Coríntios 2: 14- 15

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